Filosofia
Ossu significa paciência, respeito e apreciação.
Tudo na vida deve ser aproveitado consciêntemente. Para que possamos alcançar nossos objetivos como karatecas, devemos percorrer tranquilamente nosso caminho. Devemos ser pacientes com nós mesmos.
Para ser um bom karateca você precisará derramar o seu suor no chão, mesmo após anos de treino. Sabemos que o respeito gera a harmonia. Por isso você precisa respeitar o seu corpo, assim como os que o cercam e o dojo. Este puro sentimento de respeito é OSSU!
Contudo, direta ou indiretamente todos que o cercam, seja seu professor ou seus colegas, o ajudaram a crescer. Como você respeita a você e aos outros você sabe o valor que eles tem. Por isso os aprecia e diz ossu antes de sair do Dojo.
O BUDO
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O Budo exige muita disciplina durante o período de treinamento, tanto no início, como no término da luta, devendo-se comportar com rigorosa etiqueta em suas normas. Seu treinamento não visa apenas a vitória numa luta ou seu orgulho pessoal e sim um melhor estado físico, uma vida cotidiana mais satisfatória, a preparação para enfrentar qualquer problema. Durante a luta deve-se encarar com grande importância o "Mawai" (distância em relação ao oponente), além da velocidade, técnica e equilíbrio no ataque e defesa, devendo-se adquirir inicialmente, de forma concreta a base ou fundamento correto na sua modalidade esportiva, garantindo assim um bom alicerce em sua formação. Em resumo, deve-se a pratica do BUDO, a tarefa de contibuir na evolução do homen, ajudando-o a enfrentar e encarar a realidade com energia e coragem. A meta é descobrir o caminho de cada ser humano dentro das suas limitações e possibilidades. O homen, em sua evolução física e espiritual passa pelo estágio primário, secundário, atingindo um nível superior. Esta busca de perfeição deve ser o caminho da vida, que a cada dia se aprimora. Esta escolha do caminho permite ao homen viver, sentir, perceber, aperfeiçoar-se, enriquecendo-se até a morte. A percepção atua, de acordo com o grau de sensibilidade, por meio dos órgãos dos sentidos, levando a diferentes reações e comportamentos. Além desses valores perceptivos, existe a riqueza espiritual que se manifesta pelo grau de emoções, satisfações e podem conduzir a verdadeira felicidade. Esta energia espiritual pode levar a um magnetismo favorável na personalidade e à formação de um alto grau de cultura do homem. O instrumento para o caminho da vida é a técnica que dá ânimo, motivação e estímulo. Para, utiliza-la, o homem aperfeiçoa sua habilidade e seu talento mantendo um bom controle do físico e da mente. Aqui, talvez esteja o verdadeiro caminho da vida. |
BUSHIDO "O Caminho do Grerreiro"

Não tenho pais, faço do céu e da terra meus pais;
Não tenho lar, faço do saika tandien meu lar;
Não tenho poder divino, faço da honestidade meu poder divino;
Não tenho meios, faço da docilidade meus meios;
Não tenho poder mágico, faço da personalidade minha magia;
Não tenho vida nem morte, faço do eterno minha vida e minha morte;
Não tenho corpo, faço da força meu corpo;
Não tenho olhos, faço do relâmpago meus olhos;
Não tenho ouvidos, faço da sensibilidade meus ouvidos;
Não tenho membros, faço da prontidão meus membros;
Não tenho leis, faço da auto-proteção minha lei;
Não tenho estratégias, faço da liberdade de matar e ressucitar minha estratégia;
Não tenho forma, faço da astúcia minha forma;
Não tenho milagres, faço da justiça meus milagres;
Não tenho princípios, faço da adaptabilidade meu princípio;
Não tenho táticas, faço da rapidez minha tática;
Não tenho amigos, faço de minha mente meu amigo;
Não tenho inimigos, faço da imprudência meu inimigo;
Não tenho armadura, faço da benevolência e da retidão minha armadura;
Não tenho castelo, faço da minha mente inamovível minha armadura;
Não tenho espada, faço de minha não-mente minha espada.
1) Treinaremos firmemente nosso coração e nosso corpo, para termos o espírito inabalável.
2) Alimentaremos a verdadeira significação da arte marcial do Karate, para que no devido tempo nossos sentidos possam atuar melhor.
3) Com verdadeiro vigor procuraremos cultivar o espírito da abnegação.
4) Observaremos as regras de cortesia, respeito aos nossos superiores e abstermo-nos da violência.
5) Seguiremos nosso Deus e eternas verdades e jamais esqueceremos a verdadeira virtude da humildade.
6) Olharemos para o alto, para a sabedoria a para o poder, não procurando outros desejos.
7) Em toda nossa vida através da diciplina do Karate, procuraremos preencher a verdadeira significação da filosofia da vida.
OSSU!
Biografia de Mas Oyama
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O Mestre Oyama nasceu em 1924 em Kimje, Coréia, com o nome de Yee Hyung. Ainda criança, aprendia Chabee (uma combinação coreana de Jujitsu e Kempo) na escola que freqüentava. Dos 9 aos 13 anos passou a praticar diariamente tanto o Chabee quanto o Boxe Shaolim. |
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Em 1937, por ocasião da guerra entre Japão e China ele foi enviado ao Japão para estudar em uma academia militar em Yunashi. Nessa época ele mudou seu nome para Oyama e passou a estudar Karatê Shotokan. Após dois anos de treinamento, insatisfeito, mudou-se para Tóquio e conseguiu ser aceito na Shotokan, a academia de Mestre Funakoshi, tendo treinado com o filho mais velho deste, Yoshitaka. Aos 18 anos, depois de ingressar no Exército Imperial, Oyama conheceu Neichu So, também coreano, aluno de Gogen Yamaguchi, fundador do Karatê Goju-Kai. Treinou este estilo por dois anos. Em 1948 Oyama veio a ser aluno de Cho Yung Ju e de Tenshichiro Ozawa, se isola na montanha Kiyosumi, em Chiba, e passa 18 meses num treinamento intensivo e ascético. Passava 7 horas por dia treinando Karatê e outro tanto meditando, além de executar exercícios embaixo de cascatas, lutar com animais selvagens e quebrar pedras e madeiras numa pré-estréia do que seriam seus sensacionais quebramentos (Tameshiwari). Ele retornou à civilização em 1950. Nessa ocasião participou de um torneio que o faria famoso. Após vencer seu oponente, Mestre Oyama foi atacado por ele com uma faca. Com um golpe atingiu a mão em que estava a arma e esfacelou o rosto dele com um soco. A morte foi instantânea. Ao longo de sua vida Oyama enfrentou e venceu 52 touros com as mãos vazias, tendo arrancado os chifres de 36 deles, embora tenha matado realmente apenas 3. Em 1952 foi aos Estados Unidos numa turnê, tendo suas lutas todas acabadas em nocautes, o que serviu para tornar sua fama internacional. Ele voltou aos EUA em 1953 quando derrotou um touro frente às câmeras de TV de Chicago. Em 1954 foi ao Havaí ajudar seu aluno, Bobby Lowe, a abrir uma escola. Foi sua primeira academia no exterior. Oyama só abriu um Dojô no Japão em 1956, embora apenas em 1961 tenha usado o nome Kyokushin ("Estilo da Verdade") para sua forma de lutar, uma mescla de Karatê Shotokan com forte influência do Goju-Kai e de técnicas de chutes coreanos. Este sistema rapidamente se espalhou pelo mundo, estando presente em mais de 130 países. O mestre Masutatsu Oyama faleceu em 26 de abril de 1994, com câncer no pulmão. |
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Extraído do Site Portal Kibokushin


